Após a ameaça de leilão da sede do Náutico, agora é a vez de o Santa
Cruz ver seus bens correndo risco de desapropriação. O Tribunal Regional
do Trabalho divulgou, nesta quarta, que cinco torres de iluminação do
Arruda poderão ser arrematadas no próximo dia 15. As torres já foram a
leilão várias vezes. Na maior parde delas, houve conciliação. Em pelo
menos uma oportunidade, os bens chegaram a ser de fato leiloados, mas
ninguém se interessou em fazer o arremate.
Os bens foram penhorados em processos propostos pelos jogadores Anderson
Leal de Amorim e Valdir Souza Adolfo Júnior porque o Tricolor não teria
pago os valores a que foi condenado. As dívidas iniciais eram de R$ 73
mil e R$120 mil, respectivamente. Mas, com os juros e correções
monetárias, esses valores já somam R$ 144 mil e R$ 584 mil.
O diretor jurídico do Santa, Eduardo Lóssio, disse que o clube está
avaliando, junto ao departamento financeiro, a possibilidade de
conciliação, como ocorreu outras vezes, com outros autores. "Em menos de
dois anos, vi as torres irem a leilão pelo menos três vezes e sempre
conseguimos reverter. Mas agora está uma agonia porque, com a
paralisação da Série C, não vem entrando dinheiro, só sai. Vamos tentar
propor um valor menor e parcelado. Estamos preocupados porque não
queremos perder esse patrimônio do clube. Espero que a gente chegue a um
acordo", disse Lóssio.
por EMERSON BARROS