O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não vai repassar mais nenhuma parcela do empréstimo de R$ 400 milhões concedido ao Governo do Amazonas para a construção da Arena Amazônia em Manaus, capital do Estado, até que a empreiteira Andrade Gutierrez explique por que o TCU (Tribunal de Contas da União) encontrou um superfaturamento de R$ 86 milhões nas contas da obra, atualmente orçada em R$ 618 milhões. Até agora, só 20% do empréstimo foi liberado.
A decisão do banco foi tomada nesta semana, após o recebimento de um relatório do órgão federal que aponta o sobrepreço na obra, executada pela empreiteira Andrade Gutierrez e bancada pelos cofres amazonenses. A informação é do próprio BNDES.
O Estado do Amazonas, por sua vez, concordou com o entendimento do tribunal. Na semana passada, o governo estadual notificou a empreiteira para que esta envie o quanto antes esclarecimentos a respeito dos pontos levantados pelo TCU, como contratações em duplicidade e cobrança fora do valor de mercado por processos e materiais de construção.
por EMERSON BARROS.
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